Pelo
Monta a puro pelo das mais antigas e conhecidas pelos gaúchos. Tratava-se da diversão de peões ao montar potros em pelo, agarrados às crinas a mão com trabalho ( destra ou esquerda ), na outra mão soga ou rebenque, usados para florear e equilibrar-se nos corcovos, influenciados pelas esporas, chilenas ou nazarenas, calçadas aos pés por botas de garrão de potro ou direto ao descalço, já que não se usava calçados, a não ser artesanais como as botas de potro. Hoje modernizada a monta possui dois desdobramentos, a monta em pelo “crinada”, trata-se de um tento (modelo de couro, estreito e sovado) passado ao pescoço do animal, na altura do peito até pega-mão ( fim da crina, parte superior da paleta), onde ao completar o circulo ao redor do pescoço do animal, o tento é crinado ( amarrado às crinas ) junto a mão do montador ( diz-se ginete a pessoa que monta o animal ).
Outra forma é a conhecida por “tento-rédia” diz-se do tento ou rédea passada apenas pelo pescoço, sem ser atada as crinas, é levada diretamente à mão do montador.
Esta segunda requer mais equilíbrio do ginete, uma vez que este não tem a segurança de estar segurando nas crinas do animal, nesta modalidade é dito que o animal não força tanto o ginete com a força do pescoço, porém requer muito equilíbrio pois dependendo da distancia medida da mão do montador, o movimento do lombo do animal é o que oferece maior dificuldade ao montador.
Na forma crinada é força é direta entre o pescoço do cavalo e o braço do montador, uma vez que sua mão acompanha os movimentos do pescoço do animal.
Por tratar-se de duas formas de montar dentro de uma mesma modalidade, as esporas utilizadas são as mesmas variando de pessoa a pessoa de tamanho, peso e espessura, mais em regra geral de aproximadamente de 10 a 15 cm de papagaio ( forma que liga o garfo que abraça o pé até a roseta – parte externa da espora ) e com roseta não muito pequena, com no mínimo 8 dentes.
Gurupa
Arreio, hoje feito de armação de arame, preenchida de esponja, casca de arroz ou algum material que sirva para amenizar o impacto do animal contra a pessoa, normalmente forrada de pelego ou estopa.
Há descrições de quando utilizada pelos índios, como uma forma de utiliza os animais, que não conseguiram domesticar para seu uso diário, era feita de ossos e couro, osso para a armação (exemplo canela de vaca, daí a medida de no máximo 30 cm de largura) e couro ou pelego para preenchimento amenizar o impacto contra o corpo.
Talvez esta seja a mais antiga das descrições de gineteada. A modalidade leva ainda uma rédea e bocal amarrados à boca do animal e levados a mão do montador, as esporar de aproximadamente 4 cm de papagaio e no mínimo cinco pontas ou dentes na roseta e ainda um rebenque para equilíbrio com as esporas, estímulo ao corcovo.
Basto Aberto
É a modalidade tradicional da Argentina, pelo estilo do basto (quatro cabeças), que é usado pelos argentinos, colocando-se somente o basto, sem pelego ou xergão. O estribo, desenhado em forma de disco, pode ser de couro ou borracha, onde num pequeno buraco encaixa-se a ponta do pé na altura onde se começam os dedo, ou seja, somente os dedos agarram o estribo, é essencial o uso de bota de potro e poder tirar o estibo do pé. A espora é mesma da gurupa (4 cm de papagaio e rosetas de no mínimo 5 cm). A rédea de couro atada À boca do animal por um bocal é levada à mão do montador, na outra mão obrigatoriamente leva o rebenque.
Boleada
“Boleada é uma das fatalidades durante a prova”
É quando o cavalo se “bolea” do palanque sem mover as patas, ou seja, sem dar um pulo, no seu impulso já se volta para o chão de lombo. É regra que o cavalo volte ao palanque, onde será dada mais uma chance ao ginete apresente sua montaria. A razão para que isto aconteça é que este tipo de cavalo não é desejado nos rodeios, em virtude dos ricos de machucar o montador com sua boleado e a si próprio, como em alguns casos que já se perdeu alguns animais de rodeio neste tipo de acidente. Um animal pode perfeitamente sair do palanque corcoveando e, em alguma oportunidade, em virtude da forma como foi apertado, nas montas de boca atada, da sua acomodação no momento atira-se ao chão na primeira oportunidade.
Rodada
Diferente da boleada, temos a rodada, que é quando o animal desequilibra-se no meio do corcovo, vindo a cair ao chão, algumas vezes pode bolear para frente, o que pode machucar o montador e é muito difícil e arriscado tentar salvar esta monta, pois o peso do animal e o giro sobre o corpo podem causar serias lesões. Como também pode cair de costado ( lados ), dependendo do lado do animal prontamente esta o pé, e se acompanhado do montador, poderá continuar a montaria, dando uma boa nota em virtude da dificuldade deste ato de cair e levantar junto o animal sem usar do charque.
Basto oriental
Basto oriental é a monta com o arreio completo
Oriental, pois é originário da monta da Republica Oriental do Uruguai. É a monta com arreio completo, a moda de camperear e puxar o potro como diziam os antigos, já que esta nasceu das puxadas de potros, primeiro galope campo fora, quando o bagual saía em corcovo tentando desfazer-se do domador. Deve levar xergão, basto liso, estribos de ferro e estribeiras de couro, cincha, pelego e sobrecincha. Bocal atado, como das outras modalidades de “boca atada”, liga-se o montador a cabeça do cavalo por um par de rédeas. Nesta modalidade no lugar de rebenque, o montador leva o pala (poncho) aberto, não amarrado. As esporas largas (grandes) de roseta dentada, no máximo 10 cm de papagaio e o no mínimo dez a doze dentes nas pontas da rosetas.
Capataz de campo
Significa o responsável pela cancha de gineteada, a autoridade, pessoa que comanda o espetáculo. Deve agilizar a encilha e preparação da montaria, manter a pista limpa (disponível para apresentação dos conjuntos), orientar amadrinhadores, palanqueiros e puxadores de cavalo. É responsável por todo ato ocorrido dentro da gineteada. Deve ser uma pessoa integra e conhecedora da gineteada, já que opina na revisão dos charques, aperto de arreios, bocais, revisão e liberação de tentos e esporas. É quem autoriza a largada de cada gineteada, podendo ceder outro cavalo, caso algum não se mostre de acordo para a apresentação do montador. É quem autoriza o retorno de algum cavalo, que seja entendida a boleada.
Enfim é a pessoa que deve conhecer muito a gineteada e comandar toda a sua realização, enquanto encarregado do trato dos animais e da atuação dos montadores.
“Vuelta de Honor”
É algo como honra ao mérito, é dada pelo capataz de campo em consenso com os jurados. O montador para merecê-la deve ter tido uma apresentação exemplar, de equilíbrio e destreza em cima do animal e este uma atuação impecável e apresentando dificuldades e vontade de corcovos, muitas vezes esta façanha é conseguida ao montar e parar animais renomados. Ou ainda pode ser dada pela comissão em virtude do fato que o ginete apresentou a dita “gauchada” ou “campereada”, exemplo, à boleada que o ginete saiu em cima, a rodada que o ginete agüentou ou ainda a sua coragem, que mesmo caindo, não desistiu da briga.
Julgamento
Nas provas de gineteada é julgada a destreza do ginete, desde o palanque antes da largada, o tempo que demora arrumando-se no cavalo, até a forma como desce após o tempo mínimo cumprido para cada montaria.
Segundo item julgado na prova é o conjunto ou seja, a apresentação tanto do cavalo como do cavaleiro, pois os dois devem formar um bom conjunto, o cavaleiro forçando o animal a dar tudo de si e o cavalo pulando o máximo que puder para derrubar o ginete, apresentando maior grau de dificuldade e o ginete agüentando o mas naturalmente possível é o resultado para uma boa pontuação.
Charque
Diz-se do ato de encostar-se a mão no cavalo. Logicamente a mão que não está segurando a rédea. Entende-se no julgamento que este ato, atesta que o ginete não tem total equilíbrio sobre o cavalo ou mesmo que não esta apresentando a elegância desejada.
Tempo Pelo
Para modalidade pêlo, é necessário que seja cumprido o tempo mínimo de 8 segundos de montaria, depois de o cavalo ser solto do palanque. Este será o período em que a gineteada severa ser avaliada, afora deste período não será mais levado em conta o desempenho do conjunto, somente a destreza do ginete em sair do animal.
Nesta monta, dependendo de local, não necessariamente deve cumprir o tempo de monta para somar pontuação.
Gurupa
Para esta modalidade é necessário cumprir o tempo de dez segundos – obrigatoriamente- para não caracterizar o charque, que zera a pontuação da montaria. Esta montaria exige equilíbrio e postura do ginete, atrás da gurupa. O ginete deve trabalhar a vontade do cavalo tantos com as pernas, como o rebenque, que leva na mão oposta a rédea, a mão não deve tocar o cavalo, apenas o rebenque.
Basto
Tanto o basto aberto como o oriental o ginete não precisa não deve tocar com a mão que leva o rebenque ( basto aberto ) ou pala aberto ( basto oriental ) no cavalo, caso contrario caracteriza charque e zera a pontuação, apenas a mão da rédea pode encostar no cavalo.
Para as modalidades de basto os ginetes devem cumprir obrigatoriamente o tempo mínimo de doze segundos.
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