A partir de agora vou postar os principais fatos acontecidos no ano de 1841, ano este em que aconteceu a Revolução Farroupilha.
03 de Janeiro de 1841
Os farroupilhas já sabem da defecção do General Bento Manoel Ribeiro, que estava nomeado comandante do 1° Corpo do Exercito (eram três o segundo comandado por David Canabarro e o terceiro pó Domingos Crescênio). Neste dia, Bento Manoel Ribeiro é substituído no comando do 1° Corpo pleo Coronel João Antônio da Silveira, que é elevado ao posto de General. Pela ordem-do-dia n°64, David Canabarro, que fora proclamado general pela Republica Juliana, em Santa Catarina, é confirmado como General do Exército da República Rio-Grandense.
Ainda Neste dia, o Comandante das Armas imperiais, João Paulo, desesperançado de fazer Labatut (Militar Francês) enfrentar Canabarro (e talvez Bento Gonçalves da Silva ou João Antônio da Silveira) autorizou a Divisão de Grerra (ou Divisão Paulista) que descesse para a margem do Jacuí. Foi o fim! Labatut foi julgado e acusado por Conselho de Guerra e no final absolvido. Mas a famosa operação de cerco e aniquilamento dos farrapos com força do norte e do sul foi um fiasco só. Em câmbio, a subida da serra pelos exércitos de Canabarro e Bento Gonçalves da Silva foi uma façanha digna de heróis.
09 de Janeiro de 1841
O MajorMariano Martins derrota em Mostardas um grupo de Farroupilhas quando estes comemoravam as recentes vitórias dos últimos dias de 1840.
17 de Janeiro de 1841
Os imperiais do Tenente Coronel José dos Santos Loureiro são derrotados no Rincão da Cruz (Itaqui) pelos farroupilhas do tenente Coronel Boaventura Soares. Foi um desastre total para as forças do Império e os derrotados foram perseguidos duramente pelos vencedores.
As Verdadeiras Causas da Revolução Farroupilha
1) As Causas Sociais:
O Império só se preocupava em onerar a província. Precisa-se de soldados? Convocava à força. Morria alguém em combate? Que pena, perdeu-se um soldado. Agora, o fato deste humilde soldade ter deixado mulher filhos não era da conta do império, que se lixasse, que sebrevivessem como pudessem. Ficou aleijado alguém em conseqüência de alguma batalha, não pode mais ser soldado nem voltar a ser peão? Que vá pedir esmola na porta das igrejas!
Ora, se alguém pensar que, no Rio Grande do Sul, sempre houve guerra, século atrás de século, pode imaginar quantas estâncias foram rapinadas, quantogado abatido e cavalhada “requisitada”, quantas viúvas desamparadas, quantos órfãos desassistidos, quantos veteranos mutilados, incapacitados para o trabalho.
No mínimo dos terços do total arrecadado em impostos na província iam para luxo da Corte, As vezes, mais. E não avia uma escola pública no Rio Grande do Sul. Nenhuma! Não havia ponte sequer: vadeava-se rio em “pelotas”, ou nadando a bolapé. Afinal, a província sulina era a “estalagem do império”.
Continua no próximo Nacos de História...
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