quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pelos caminhos do Pampa

Neste final de semana passado, mais precisamente dia 1º de Outubro, saímos em direção a fronteira oeste do Rio Grande do Sul rumo a cidade de Santana do Livramento. 



 Saímos de Porto Alegre, as 4 horas da manhã de sábado, babava água, mas aos poucos, conforme a viagem tomava forma, o tempo ia se abrindo...











Chegamos em Santana por volta das 10:30, nos instalamos no Hotel Julio do senhor Planela, grande amigo Rotariano, e seguimos para comprar uns tragos e umas quinquilharias na Rivera e lógico, saborear uma bela parilla, no restaurante Parrilha do Beto.




 A noite se largamo para noite uruguaia, mas antes fomos convidados para conhecer a tradicional parrilha do senhor Don Rene, pai do Beto. Mas não negaciamos, e não foi diferente, ótimo atendimento, conhecemos o seu Don Rene, um senhor de idade já avançada mas com muita força para preparar toda a parrilha e deixar em boas mãos do parrilheiro Mathias. Don Rene faz questão de manter todo local igual a quando inaugurou. Ele esplica: "Si están abiertas hasta el día de hoy porque me voy a cambiar!". 








Buenas, saímos da parrilla, e se largamos para um baile, que não era bem baile. Era um tal de pub em Riveira, atraz do estádio municipal. A noite foi uma maravilha, tomamos umas boas e geladas cervejas e nos largamos.


Na manhã seguinte acordamos meio estrupiados, aprontamos o mate e nos largamos para o Alegrete pois já tínhamos agendado com o grande amigo, músico e compositor Gerson Brandolt, de botar uma pecuária para assar, decidimos tomar caminho pela estrada de chão para poder observar os belos campos e costumes da fronteira do Rio Grande. 













Após o belo almoço, o Gerson nos convidou para conhecer um local onde ele se criou, o Jockey clube do Alegrete, para ver umas carreiras de cavalo. Eiii chê, coisa bem linda poder vivenciar os costumes na nossa gente. Poder vivencias momentos que muitas vezes só conhecemos de ouvir falar em nas músicas e em poesias. Isso sim é Rio Grande.


Gerson Brandolt, Mateus Canellas, Jose de Moura








Buenas, retornando a capital entre uma prosa e outra o meu irmão José, largou uns versos...

Felicidade é estar sobre o lombo de um cavalo, Ao invés do carro ou camioneta em um transito caótico... Felicidade é comer uma pecuária numa roda de amigos, com um fogo de chão, Ao invés de um restaurante requintado na Padre Chagas... Felicidade é tomar um mate amargo mirando o pampa, Ao invés de um cafezinho no Coffee Break... Felicidade é abrir o peito bem forte e gritar era boi, reia cavalo, forma cavalo, Ao invés das Conference por Skype... Felicidade é chamar nas esporas um aporreado, que se nega, Ao invés das largas reuniões para sua equipe cumprir metas... Felicidade é fumar um palheiro com figueirilha, Ao invés dos gudãzinhos... Felicidade é a bombacha, a alpargata e uma boina veia surrada, Ao invés do terno “armadura neoliberal”, e a gravata apertando o pescoço... Felicidade são os costumes dos campeiros do meu pago, o dia a dia desses homens de alma rude, Que vão no tempo sobre o lombo de um cavalo, firmando o passo pedindo que deus ajude...




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